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o Oi.

o Olá amigo.
o Muito legal o link que tu me mandaste.
o O cara mostra umas ideias muito legais.

o Viu, tenho novidades:
o (e são tristes...).

o Quais?

o Vou amanhã para Goiânia e na próxima semana eu vou cometer suicídio.

o Idiota, porque diz isso?

o Verdade! Duvide de mim para tirar uma resposta aguda.

o Morrer tudo bem, mas ir para Goiânia?
o Mas por que Goiânia?

o Estou namorando uma garota de lá (pela Internet).
o Aliás... Ela também quer se matar.

o E vocês serão felizes para sempre, porém em pó.

o Tanto faz.

o Contanto que dêem um jeito para que pensem na causa como um homicídio, iria ser muito mais divertido.

o (risos)
o Provavelmente quinta ou sexta da próxima semana será feito.

o Quinta seria melhor, pois eu faltaria à aula para ir ao enterro.

o Mas estaríamos em Goiânia.
o Você iria para lá por um enterro de um suicida?

o Sim, esses eventos são super raros e quando acontecem não ajudam em nada.

o E, além do mais, certamente serei enterrado como indigente.
o Sabe aquele último texto que te mandei?
o Ele é sincero. Minha mente está muito bagunçada.

o Eu já pensei em suicídio também, mas desisti. Depois que tu percebes que tudo que sente é quimicamente comprovado e que tu és apenas um resultado. Sempre um resultado de algo. O certo é deixar que a vida jogue contigo, porque quanto mais fundo tu afundar na tristeza, mais feliz é o momento da felicidade.

o Eu não consigo, às vezes, distinguir o que está acontecendo; se é real ou imaginação; se eu estou recordando um sonho ou minha realidade.
o Tenho me machucado fisicamente.

o Pois pare, burro. Então é isso que acho de ti: burro.

o E eu não discordo.

o Pois então és duas vezes mais.

o Queria comprar uma arma, mas custa achar e pagar.

o Acho o seguinte: a ideia de suicídio é muito vaga. Por que se matar rumo à liberdade se só a temos em vida?

o Não quero viver
o Ponto

o Não me entenda mal, mas acho menor de tua parte pensar assim. Horas de reflexão por dia fazem uma pessoa interessante viajar para um de dois lados: o da descoberta original de coisas jamais pensadas e o do suicídio.
o Digo-te que os mais interessantes, para mim, são loucos.
o E digo com orgulho deles.
o Porque na verdade eles não são.
o São, para outros.
o Para mim eles são brilhantes.
o Procure algo sobre Dostoievski.
o Eu sei que não deveria estar te passando isto agora, pois um bem, mal lido, é maldito.

o (risos)

o (risos)
o Enfim
o E se ele tivesse desistido de fazer algo, e se não fizesse nada por ter perdido o domínio da própria vida?

o Eu não quero saber se a vida pode ser boa ou se poderia ser pior.

o Mas ele teria apenas morrido antes.
o Porque morto já está no final das contas.

o E...?

o Ao invés da entrega ele optou por descrever em “Crime e Castigo” uma solidão tão forte em Raskolnikov, e uma intriga tão íntima.
o Uma tristeza tão segura.
o Que me sinto muito vivo e bem quando fico triste ao deleite de sua obra.
o E para mim.
o Essa ação biológica que ocorre.
o Esse processo que brinca comigo
o É como uma reflexão louca, mas tão louca, a ponto de me excitar.
o Eu não abriria mão de minha vida.
o Só de alguns momentos para aproveitar outros.
o Como quando fumo de meu cigarro e perco um dia de minha vida.

o Bonito realmente, mas eu não consigo me sentir bem com nada, e tento.

o Bobagem.
o Minha vida me trás desespero, porque eu tenho essa pressão de ter que me adequar a ser algo planejado, todos temos essa pressão e todos nós sofremos com isso e somos nós mesmos que olhamos para os outros e esperamos o momento certo para também pressionar.
o Mas o fato é:... A gente sabe quando é mais que os outros. Eu sei que sim.
o Eu sei que sou mais interessante que todos, sei disso porque minhas loucuras são deliciosas e são só minhas.
o Quando eu faço bobagens em frente ao espelho, não é para ser esquisito para os outros e, assim, poderme sentir diferente. É para me lembrar de quando eu era criança e me perguntava por que o mundo dos adultos era tão insuportável. Eu me perguntava por que eles nunca brincavam se brincar era tão legal.
o E me prometi que, se ser criança é tão legal, não iria crescer;
o E acho que minhas loucuras se resumem em um Filipe menor que ainda vive, e às vezes, tem raiva por estar sozinho e ver que os iguais que também ainda vivem, vivem por uma fase.
o E que logo morrerão.
o Enfim:
o Mate-se e verás que apenas irá deixar meu Filipe mais morto, porque você é louco. E meu Filipe só quer pessoas loucas, meu muito caro amigo.
o E não lhe digo mais nada, pois se não entender este que é o princípio não entenderá nem meia colher a mais.
o E peço desculpas se o que falo não te interessa.
o Só espero que não tenha de se matar.


Filipe R. Gomes

Todo o mundo pode ver um lugar como este
Todo o mundo deveria ver um lugar como este
Todo o mundo evita ver um lugar como este

Pois não dá, isso machuca
Um lugar como este
Dói de ver, quando se vê

Pense bem, desconhecido
Sendo só um indivíduo
Entender mais de fumaça
Sempre facilita as coisas

Mas que graça tua vida
Não me jogue nessa massa
O barulho não ajuda
Mas não peço que o faça
Um lugar como este
Só posso escutar no silêncio

Se te falo que é bonito
Não explico o inexplicavel
Os pelos se arrepiam
Sinto o sangue ficar frio
As palavras desaparecem

Sensação emocionante
Para um pobre iguinorante
Que te passa a informação
De que tudo isso é em vão
E sim, há beleza no vazio

Filipe R. Gomes

Decidi mostrar hoje algumas das obras de um dos artistas mais prestigiados da última década.
Mr. Lister, como é conhecido entre a mídia nova-iorquina é o autor do brilhante trabalho de desmembramento de corpos e fisionomias desfiguradas dos Super-Heróis.
Este trabalho que, de primeiro momento, pode-se concider brincadeira é na verdade uma crítica ao heroísmo humano (um humor-negro). Abstracionismo em contraste com cores chamativas dão uma nova forma aos heróis:

Este vídeo foi feito por mim há algum tempo. Gostaria de dividi-lo com vocês e espero que faça alguma diferença a alguém! As idéias mudaram, mas os valores são os mesmos!



Comentem!

"A religião tem todas as coisas a seu favor: a relação feita por Deus aos homens, as profecias, a proteção do governo, das figuras mais respeitáveis e importantes. Mais que isso, o enorme privilégio de poder gravar sua doutrina na mente das pessoas quando elas são crianças e, com isso, as ideias se tornam quase congênitas."

(Schopenhauer)

Primeiramente é importante destacar o que procuro dizer quando cito a "fé" no título desta postagem (O poder está na fé ou na religião?)
A fé é a confiança na crença com base apenas na convicção, ou seja, acreditar sem prova alguma e sem argumentos concretos.
Tendo explicado isto já podemos entender a fé como um tópico básico da religião. Sem este tópico a religião pode ser considerada apenas um costume que foi moldado ao nosso sistema de vida graças a fé dos nossos ascendentes.
Já a fé mantêm-se isolada existindo independendo de religião.
Mas não paremos por aqui, também devo explicar à que submeto a palavra "Poder" também mantido no título.
O poder é a capacidade de estar no comando, mantendo a autoridade.
A fé é a grande arma da religião, mas não necessariamente a receptora do poder — Através da fé, a religião nos colocou, não só na posição de receptores de informações impostas por ela, como também de cumpridores destas informações sem o direito do questionamento se seriam elas verdadeiras ou não — A dúvida que seria a religião acabou caindo nas costas da fé. E a fé nada mais é que um amontoado de questões a serem acreditadas. Vejo aí uma ótima oportunidade de domínio sobre o ser humano, através da "lavagem cerebral" sem necessidade nenhuma de discutir a mentira a ser contada (é pecado duvidar!).
A história da religião se contradiz diversas vezes, e quem o diga o contrario estará sendo mentiroso.
O ponto em que quero chegar: meu ciumes para com o povo crente em Religiões já é assumido, e se acreditas mesmo na tua mentira, amém! Pois este "você" é mais feliz do que imagina. A verdade não te traz sentido a nada, não te traz felicidade, porém é só verdade.
Mas isso não é nada além de uma mentira imunda que já roubou vidas e mortes, pessoas dedicando o hoje para se deleitar do paraíso. E que paraíso este que não te permitirá fazer os mesmos pecados existentes na terra, e se deixar, que sentido tem?
Mas falo sozinho, e aproveito meu momento ao falar sozinho! Pois eu estou no paraíso, sofro no paraíso, mas também é no meu paraíso que peco.
O poder está na fé ou na religião?
Decida você! A fé é o revolver e a religião a esperança assassina que está te mantendo refém.
Dificilmente a pedra de Davi irá derrubar este Golias que é a religião. Mas mantenho a minha fé de que isso acontecerá!


Filipe R. Gomes

Estou escrevendo umas coisas ultimamente, o que se diga trechos que conjuntas dão o que nos referimos como livros. Tantas idéias na “cuca” e eu só vou desfrutar-me destas por meio da escrita (como faço agora).
Só gostaria de citar minha atual felicidade (explicação obtida ao se observar minhas atuais companhias), como já a fiz,

Adeus.

Começou agora, ponto de partido do recomeço (este sendo o começo: http://fillyoshi.blogspot.com)

Abraços, e boa viagem.